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Entrudo de Pias 2022

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O Entrudo voltou à aldeia de Pias depois de uma pausa imposta pelo Covid-19. Este ano o programa teve algumas alterações mas nem assim deixou de seguir a tradição, os Compadres e Comadres, os disfarces típicos, o bailarico e a queima do Entrudo tornaram esta tarde inesquecível. As máscaras de renda que tanto caracterizam o Entrudo na nossa região voltaram e com a promessa de que são para manter. Agradecemos a todos os que tornaram este evento possível, em especial aos mascarados, a quem criou os Compadres e Comadres, ao Café Convívio, ao Jornal do Centro que nos visitou nesta tarde e aos Homens da Gaita que animaram todos os habitantes e visitantes. 

Queima do Entrudo

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O entrudo (boneco que representa todos os males) é habitualmente colocado na terça-feira de Carnaval no largo das povoações da região algumas horas antes do ritual, onde será dada a sentença da sua queima, cerimónia idêntica ao Enterro do Ano Velho na aldeia. A Queima do Entrudo assiná-la a despedida do Carnaval e a entrada na Quaresma.

Os Compadres e as Comadres

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"Em Cinfães, num exemplo particularmente rico, ao aproximar-se a época carnavalesca, os dois campos estremam-se tácita e radicalmente; as raparigas da terra, com absoluta exclusão do elemento masculino, e os rapazes com idêntica exclusão do elemento feminino, confecionam secretamente grandes bonecos e bonecas de palha, vestidos de papel de seda, e com os braços abertos; os das raparigas são os «Compadres», e os dos rapazes, as «Comadres». A vez, de entrada, cabe às raparigas: nos dias que precedem a penúltima quinta-feira antes do Domingo Gordo, as detentoras de «Compadres» exibem-nos furtivamente, e durante breves minutos apenas, a uma janela das suas casas; há sempre rapazes de vigia, e o facto é imediatamente assinalado e divulgado entre os demais: «F.a tem um ‘compadre’!» A partir desse momento, o objetivo dos rapazes é apoderarem-se desses «Compadres» que estão nas mãos das raparigas; e, certamente, pela força mágica das representações, são os próprios rapazes que se encontra

O disfarce típico do Entrudo de Pias

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O disfarce típico do Entrudo de Pias contempla mulheres mascaradas de homens e homens mascarados de mulheres em que são utilizados chapéus, meias, calças, camisas e saias de cores garridas, luvas para que as mãos não sejam reconhecidas e o elemento principal do disfarce "a máscara de renda". Toalhas, cortinas ou panos de renda são colocados na face para que a identidade do mascarado seja ocultada, já que por esta altura todas as pantominices são permitidas.

Entrudo de Pias 2022

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Entrudo de Pias | Cinfães 13 a 19 FEV. Semana dos Compadres 20 a 26 FEV. Semana das Comadres 27.FEV. Queima do Entrudo Disfarces típicos Homens da Gaita  * Para segurança de todos relativamente à Covid-19 a tradicional corrida dos Compadres e desfile de Carnaval não se irão realizar.

Semana dos Compadres & Comadres 2022

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Calendário da aldeia de Pias

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Raízes da minha aldeia - Legendas ENG

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Raízes da minha aldeia - Trailer

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"Algures no Vale do Bestança existe uma pitoresca aldeia onde o tempo parece não passar. Neste recanto todos os momentos são vividos de forma especial e assim que nele entramos rapidamente percebemos que cada canto, é por si só, um tesouro à espera de ser descoberto. Estas não são apenas as raízes de uma aldeia, são as RAÍZES DA MINHA ALDEIA." Uma produção de: PEDRO SÁ Imagens de drone: MIGUEL RODRIGUES | SÉRGIO PEREIRA Locução: ANTÓNIO REMUGE Legendagem: NUNO COSTA

Raízes da minha aldeia

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Raízes da minha aldeia Aldeia de Pias | Cinfães Uma produção de PEDRO SÁ BREVEMENTE NOVIDADES! Algures no Vale do Bestança existe uma pitoresca aldeia onde o tempo parece não passar. Neste recanto todos os momentos são vividos de forma especial e assim que nele entramos rapidamente percebemos que cada canto, é por si só, um tesouro à espera de ser descoberto. Estas não são apenas as raízes de uma aldeia, são as RAÍZES DA MINHA ALDEIA. © Pedro Sá | Fotografia

Vindima

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"Esta era uma altura do ano que se fazia sentir a alegria de toda uma gente, nascida e criada neste pequeno recanto do planeta. Assim que se avizinhava o mês de Setembro era comum verem-se os vizinhos conversando sobre o tema, quer nos caminhos quer nas tabernas que existiam neste lugar. Cada família programava a sua vindima, de forma a que todos ficassem coordenados para se poderem entreajudar. Bem cedo, já se ouviam os cantares em grupo, designados por falsetes, por vezes também se ouvia uma concertina a ajudar à animação. Depois das uvas cortadas eram transportadas em cestos de madeira às costas, suportados por uma “troixa” que era colocada sobre as costas e presa por uma fita de serapilheira à cabeça, para que a mesma não se soltasse. Era assim trazido até ao lagar, ou carregado para os carros de bois. Depois de tudo colocado no lagar era hora de se dar inicio à “sova”, normalmente feita pelos homens e por algumas crianças de casa. O vinho era pisado por norma 1

Semana das Comadres e dos Compadres

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Fotografia: Pedro Sá | 2018 "As raparigas confeccionavam os bonecos de palha que vestiam com panejamentos de cores aguerridas encimando-o com um provocador chapéu: eram os “tristes dos compadres”. Os rapazes faziam bonecos igualmente de palha cobrindo-o com os trapos que apanhavam, sobrepondo-lhe um lenço multicolor, e designando-o por “a coitadinha da comadre”. ”Começavam as raparigas, nos dias que antecedem a penúltima quinta-feira antes do domingo gordo, a acicatar os rapazes, exibindo de longe o compadre, ora de uma janela ora do alto de uma borda, incentivando os do sexo masculino a vir apanhá-lo. Este é, desde o momento em que o compadre é exibido, o grande objectivo dos rapazes: deitar a mão ao compadre. As raparigas tentavam tudo por tudo ocultar o seu paradeiro, escondendo-o o melhor possível. Os rapazes podiam então buscar o compadre procurando-o por toda a parte dando-lhe franqueado o acesso a toda e qualquer habitação aí podendo remexer todos os móveis e vasculha

Matança do porco

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"Nesta aldeia era tradição as famílias fazerem criação de porcos. Por isso deixavam crescer uma fêmea para que esta reproduzisse e assim abastecesse as casas vizinhas onde cada família era responsável pela criação. Chegado o inverno era tempo da “matança”. O primeiro matador de porcos do lugar foi o Sr. Avelino de Sá, o mesmo usava uma faca própria para o efeito, mais tarde foi substituído pelo Sr. Alberto “O Fogo”. Por norma eram sempre precisos 4 a 5 homens para segurar o animal e conseguir mantê-lo preso em cima das tábuas ou num carro de bois onde ia ser morto. Depois de bem seguro o matador atava-lhe o focinho e espetava-lhe a faca. Após a sua morte, era tempo de recolher o seu sangue e cozê-lo numa panela de ferro ao lume que iria ser servido com azeite e alho a todos os que ajudaram à sua matança. De seguida procedia-se à queima do pelo com faixas de centeio para que o couro ficasse bem amarelinho. Assim que estivesse todo queimado dava-se início à sua lavagem que era

Desfolhada

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"Há alguns tempos atrás, era comum em Pias, fazerem-se desfolhadas na “Eira da Dona Laura Barbedo” marcava-se o dia com os vizinhos, família e amigos e cortava-se o milho com uma foucinha. À medida que se desfolhava o milho, ia-se amontoando as espigas nos cestos, que depois de cheios, eram carregados no carro de bois para serem despejados na “eira”. Ali juntavam-se vários amigos familiares, para começarem assim a desfolhada, cantando e tocando animando assim a noite. A apanha do milho servia para os animais, para encherem colchões, etc. Os jovens e as jovens participavam entusiasmados na desfolhada, sempre na esperança de encontrar o milho rei (espiga vermelha) para poderem dar um beijo ou abraço ao namorado ou namorada, amigo ou amiga. Mas, para o poder fazer feliz, o achador, teria que gritar bem alto “Milho rei” e o direito de dar uma volta a todos os amigos trabalhadores, distribuindo abraços. Antigamente esta era uma oportunidade única para se aproximarem fisicamente d

São João na aldeia

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"Por altura do S. João, mais propriamente na noite do dia 23, era hábito colocarem-se em volta dos muros que suportam o adro da capela de nossa senhora do outeiro imensas pinhas a arder, assim como em todo o muro que suporta o caminho de acesso à capela e em praticamente em todos os muros que existiam no interior da aldeia. Fazia-se uma grande fogueira no adro e outra na estrada, em frente ao tanque público a anunciar a noite de São João. Noite dentro, formavam-se grupos que se dedicam à “caça” de vasos e outros haveres, como (carros de bois, mesas, cadeiras, utensílios agrícolas) sendo os mesmos trazidos com algum esforço para o terreiro de Pias, onde permaneciam até aos dias seguintes. À medida que iam sendo identificados, os próprios donos teriam que os levar de novo para o local habitual."

Usos e costumes

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“Todas as manifestações de alegria e musicais do povo cinfanense eram durante as reuniões ou ajuntamentos, como as vindimas, as desfolhadas, a arriga, no regresso dos trabalhos agrícolas e durante a faina caseira. Os Reis eram e são também quadra festiva. A quadra carnavalesca vai desde o dia de S. Sebastião, 20 de Janeiro até terça-feira de entrudo. Chegada esta quadra com ela surgem as diversões. Antes já do Carnaval, os rapazes andam por todo o concelho, durante uma semana a «assobiar às comadres», munidos de um chifre de boi, por vezes cheio de água; sucede a esta semana a dos «compadres», em que as raparigas se desforram dos rapazes, surriando-se mutuamente e exibindo bonecos, que uns e outros pretendem agarrar, alguns dos quais acabam por ser queimados. No começo de Maio, as portas e janelas embelezam-se com ramos floridos, amarelos, de giesta, as Maias. Um mês mais tarde vem o S. João e o S. Pedro com as costumadas «travessuras». Muitos e variados eram os costumes

Tradição das "Maias"

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A tradição de colocar Maias nas portas é mais uma tradição que ainda se mantém viva na aldeia. Todos os anos, de 30 de Abril para 1 de Maio colocam-se nas portas ou janelas das casas ramalhetes de giestas amarelas, também conhecidas por maias por florirem em Maio. Existem algumas explicações para esta prática que passam de gerações em gerações. Grande parte dos habitantes ainda o continua a fazer pois acredita que desta forma é possível   afastar o mal, ou o "carrapato".  Existem ainda algumas explicações religiosas, quando a Virgem foi para o Egipto, deixou pelo caminho muitos ramos de giesta para não se enganar na volta ou porque quando Jesus Cristo nasceu, os Judeus procuraram-no para o matarem, e, para que soubessem em que casa se encontrava, colocaram-lhe à porta um ramo de giesta, a fim de no dia seguinte o prenderem. Nesse dia porém, todas as casas da povoação apareceram marcadas, e os Judeus não puderam dar com ele. Talvez por homenagem, esta aldeia tenha iniciad

Festa em Honra que Nossa Senhora do Sagrado Coração de Jesus

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“Na bonita aldeia de Pias, que aparece luzente no seu casario sito margem esquerda do Bestança, festeja-se Nossa Senhora do Sagrado Coração de Jesus no 2º Domingo de Julho. Logo nos primeiros domingos do ano em que se realizaria a festa começavam os leilões para obtenção de fundos. Uma vez tinham lugar junto à ponte de Pias, outras na garagem do S. Martinho, em Pias de Cima. Interrompiam-se durante a Quaresma, tempo da Paixão do Senhor, e retomavam depois da Páscoa. Os Zés Pereiras de Baião anunciavam a festividade logo cedo pela manhã de Sábado atroando os ares tocando com denodo majestosos bombos. Aos primeiros raios de luz do dia de Domingo lançavam-se uma salva de foguetes. Era a alvorada. As bandas de música perfilavam os seus elementos ao cimo da povoação, na estrada nacional. Pelas 8h30, alinhava uma banda e vinha a tocar pelo caminho que atravessa a aldeia até ao cômoro onde está construída a capela do Sagrado Coração de Jesus, propriedade da família Barbedo. Quando aí cheg

Alecrim benzido contra a trovoada

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Na altura da Páscoa, é tradicional os habitantes de Pias guardarem os ramos benzidos na missa ou o alecrim utilizado na decoração da mesa que recebe o compasso. Durante o ano, em dias de trovoada forte, esses ramos secos, são queimados acompanhados por uma oração a Santa Bárbara pedindo que a trovoada vá para longe. “Santa Barbara se vestiu, Santa Barbara se calçou, lá no meio do caminho Jesus Cristo encontro. Para onde vais tu o Bárbara! Vou espalhar a trovoada. Para onde não haja pão nem vinho, nem raminho de oliveira nem pedrinha de sal nem nada o que faça mal.”

Natal

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"O Natal na aldeia era caracterizado pela partilha e convívio com a família. As pessoas deslocavam-se para a aldeia para casa dos seus pais e avós para que, na noite de 24 (consoada) e o dia 25 de Dezembro estivessem junto dos seus parentes. Uns dias antes, já estava pronto o presépio e a árvore de natal, já se reuniam alguns presentes e os condimentos alimentares que não existiam em casa para que não faltasse nada naquele dia especial. Na véspera, havia muito a fazer. As donas de casa faziam os doces e preparam os alimentos para a consoada. Já os homens passavam o dia no campo a apanhar erva para o gado ou a tratar dos animais. Na hora da ceia, não poderia faltar as rabanadas, a aletria, as filhoses, os formigos (iguaria de pão, mel, vinho, manteiga, ovos e açúcar, recheados de pinhões, nozes e avelãs), os bolinhos de chila, o Bolo Rei, entre outras coisas. Naquela noite reunidos à volta da mesa coberta com a mais bonita toalha, iluminados pelas candeias de azeite ou a petról