Etnografia
➤ Mesinhas, rezas, benzeduras e talhaduras
"Monografia de Cinfães"
➤ Pratos típicos
➤ Adivinhas
➤ Provérbios populares
Meses
- Coser a mão ou o pé aberto;
- Talhar o ar;
- Talhar a orvalhada;
- Talhar o unheiro;
- Defumar vacas e porcos;
- Talhar o mau olhado e inveja aos porcos e vacas;
- Talhar o herpes;
- Talhar a ciática;
- Talhar a dada;
- Rezar ao aberto;
- Talhar a zipla da cabeça;
- Talhar a névoa na vista;
- Talhar o “Trasorelho”;
- Talhar o ventre caído;
- Talhar o mau jeito;
- Talhar o mal da inveja;
- Talhar a “Alfofra”;
- Responso a Santo António;
➤ Pratos típicos
- Cabrito ou anho assado;
- Anho assado com arroz no forno;
- Torresmos à moda de Cinfães;
- Sopa seca;
- Arroz de forno caseiro;
- Pá de carneiro à caseira;
- Grão com dobrada;
- Grão com bacalhau;
- Croquetes de bacalhau;
- Bolo simples;
- Compota de cereja;
- Bolos de Manteiga ou Matulos;
- Falachas de farinha de castanha pilada.
"Grupo folclórico Cantas e Cramóis de Pias"
➤ Brincadeiras e jogos
- Jogo do Eixo;
- Cabra-cega;
- Jogo do mata;
- Jogo do rapa;
- Saltar à corda;
- Jogo do galo;
- Jogo da malha.
"Grupo folclórico Cantas e Cramóis de Pias"
➤ Tradições | Festas típicas
➤ Tradições | Festas típicas
- Deixas para o Ano Novo;
- Cantares de Reis e Janeiras;
- Entrudo;
- Corrida da Comadre e do Compadre;
- Touro;
- Páscoa;
- Travessuras de São João;
- Festa em Honra do Santo Padroeiro;
- Vindimas;
- Magustos;
- Desfolhada;
- Matança do porco;
- Cozer o pão;
- Natal;
- Enterro do Ano Velho.
Alto está, alto mora, todos o vêm e ninguém o adora?
R. – O sino.
Encosto a minha barriga à tua e meto-lhe dois palmos de “chicha”
crua?
R. – O tabuleiro do pão.
Oh teso, teso, Oh duro, duro, mete-se o teso e fica ao dependuro?
R. – O brinco.
Verde foi meu nascimento, mas de luto me vesti, para dar a
luz ao mundo, mil tormentos padeci?
R. – A azeitona.
Pêlo fora, pelo dentro, alça-se a perna e mete-se dentro?
R. – As meias.
"Grupo folclórico Cantas e Cramóis de Pias"
➤ Lendas
R. – As meias.
"Grupo folclórico Cantas e Cramóis de Pias"
➤ Lendas
- Bruxas e Lobisomens;
- Casas assombradas;
- Mouras encantadas;
- Lenda dos Mouros;
- Lenda do Poço Negro;
- Lenda dos Túneis do Outeiro;
- Lenda do morto que se voltou;
- Lenda do Corredor do Fado.
➤ Provérbios populares
Ditos populares
- A união faz a força.
- À noite todos os gatos são pardos.
- Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.
- Antes tarde do que nunca.
- Aproveite a sorte enquanto ela está a seu favor.
- Aqui se faz, aqui se paga.
- As aparências enganam.
- Cada cabeça, uma sentença.
- Cada coisa a seu tempo.
- Cada macaco no seu galho.
- Cão que ladra não morde.
- Cautela nunca é demais.
- De grão em grão, a galinha enche o papo.
- De moeda em moeda se faz uma fortuna.
- Depois da tormenta, sempre vem a bonança.
- Devagar se vai longe.
- Dizei-me com quem andas e eu te direi quem és.
- É melhor prevenir do que remediar.
- É na necessidade que se conhece o amigo.
- Em boca fechada não entra mosca.
- Em casa de ferreiro, espeto de pau.
- Em terra de cego, quem tem olho é rei.
- Gato escaldado de água fria tem medo.
- Mais vale um pássaro na mão do que dois a voar.
- Quem faz a cama bem se deita nela.
- Nada como um dia após o outro.
- Não adianta chorar sobre o leite derramado.
- Não conte com o ovo no cu da galinha.
- Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe.
- Não há marcas que o tempo não apague.
- Nem tudo o que reluz é ouro.
- Os melhores homens são os que as mulheres julgam melhores.
- Os últimos serão os primeiros.
- Pense duas vezes antes de agir.
- Pense rápido, fale devagar.
- Pequenos riachos formam grandes rios.
- Quem desdenha quer comprar.
- Quem espera sempre alcança.
- Quem não tem cão caça com gato.
- Quem ri por último ri melhor.
- Quem semeia ventos, colhe tempestades.
- Quem tem boca vai a Roma.
- Quem tem pressa come cru.
- Quem tem telhado de vidro não atira pedra ao vizinho.
- Quem tudo quer tudo perde.
- Santo de casa não faz milagre.
- Se cair, do chão não passa.
- Um homem prevenido vale por dois.
- Uma andorinha só não faz Verão.
- Uma mão lava a outro e as duas lavam o rosto.
- O que não tem solução, solucionada está.
- Quem quer vai, quem quer manda.
- O pior cego é aquele que não quer ver.
- Bem mal ceia quem come de mão alheia.
- Não gozes com o mal do teu vizinho, porque o teu vem a caminho.
- Manda quem pode obedece quem tem juízo.
- Quando um burro fala, os outros baixam as orelhas.
- Quem conta um conto, acrescenta um ponto.
- A vingança é um prato que se serve frio.
- Mal de muitos consolo é.
- Duro com duro não faz bom muro.
- Mais vale quem Deus ajuda do que quem cedo madruga.
- Quem dá o seu, antes que morra precisa duma "cachaporra".
"Grupo folclórico Cantas e Cramóis de Pias"
- Janeiro
Em Janeiro, sobe ao Outeiro;
Se vires verdejar, põe-te a chorar;
Se vires terrear, põe-te a cantar;
Janeiro: geeiro;
Janeiro molhado não é bom para o pão, mas é bom para o gado;
Janeiro frio e molhado enche a tulha e farta o gado;
Em Janeiro, sete casacos e um sombreiro;
Trovão em Janeiro: nem bom canastro nem bom palheiro;
Não há luar como o de Janeiro, nem amor como o primeiro;
Se vires verdejar, põe-te a chorar;
Se vires terrear, põe-te a cantar;
Janeiro: geeiro;
Janeiro molhado não é bom para o pão, mas é bom para o gado;
Janeiro frio e molhado enche a tulha e farta o gado;
Em Janeiro, sete casacos e um sombreiro;
Trovão em Janeiro: nem bom canastro nem bom palheiro;
Não há luar como o de Janeiro, nem amor como o primeiro;
Em Janeiro um salto de carneiro;
- Fevereiro
Fevereiro: rego cheio;
Quando não chove em Fevereiro, nem bom prado nem bom celeiro;
Água de Fevereiro enche o celeiro;
Em Fevereiro, chuva; em Agosto, uva.
Fevereiro: rego cheio;
Quando não chove em Fevereiro, nem bom prado nem bom celeiro;
Água de Fevereiro enche o celeiro;
Em Fevereiro, chuva; em Agosto, uva.
Fevereiro: rego cheio;
- Março
Páscoa em Março, ou fome ou mortaço;
Enxame de Março apanha-o no regaço;
Em Março, onde quer passo;
Em Março, tanto durmo como faço;
Nasce a erva em Março, ainda que lhe deem com o maço;
Março, marçagão, de manhã cara de rainha, de tarde corta com a foucinha;
Sol de Março queima a dama no paço;
Março, Marçagão, de manhã Inverno à tarde Verão;
Enxame de Março apanha-o no regaço;
Em Março, onde quer passo;
Em Março, tanto durmo como faço;
Nasce a erva em Março, ainda que lhe deem com o maço;
Março, marçagão, de manhã cara de rainha, de tarde corta com a foucinha;
Sol de Março queima a dama no paço;
Março, Marçagão, de manhã Inverno à tarde Verão;
- Abril
Abril: águas mil, quantas mais poderem vir;
Em Abril, águas mil, coadas por um mandil;
A água que no Verão há-de regar em Abril e Maio há-de ficar;
Abril molhado, ano abastado;
Seca de Abril deixa o lavrador a pedir;
Abril frio e molhado enche o celeiro e farta o gado;
Em Abril, queimou a velha o carro e o carril;
Em Abril, águas mil, coadas por um mandil;
A água que no Verão há-de regar em Abril e Maio há-de ficar;
Abril molhado, ano abastado;
Seca de Abril deixa o lavrador a pedir;
Abril frio e molhado enche o celeiro e farta o gado;
Em Abril, queimou a velha o carro e o carril;
- Maio
Maio hortelão: muita palha e pouco grão;
Maio couveiro não é vinhateiro;
Maio pardo faz o ano farto;
Em Maio, nem à porta saio;
Maio pardo e ventoso faz o ano farto e formoso;
Em Maio, comem-se as cerejas ao borralho;
Maio couveiro não é vinhateiro;
Maio pardo faz o ano farto;
Em Maio, nem à porta saio;
Maio pardo e ventoso faz o ano farto e formoso;
Em Maio, comem-se as cerejas ao borralho;
- Junho
Junho calmoso: ano famoso;
Junho floreiro: paraíso verdadeiro;
Sol de Junho amadura tudo;
Junho chuvoso: ano perigoso;
Enxame de Junho nem que seja como punho;
Em Junho, foice no punho;
Feno, alto ou minguado, em Junho é segado;
- Julho
Julho quente, seco e ventoso: trabalha sem repouso;
Em Julho, prepara o vasculho;
Em Julho, ceifa o trigo e faz debulho. E, em o vento
soprando, vai-o limpando.
Não há maior amigo do que Julho com seu trigo;
Por todo o mês de Julho, o meu celeiro entulho;
Julho abafadiço: abelhas no cortiço;
- Agosto
Agosto nos farta, Agosto nos mata;
Quem em Agosto ara, riqueza prepara;
Quem malha em Agosto malha contra gosto;
Chuva em Agosto enche o tonel de mosto;
Quando chove em Agosto, chove mel e mosto;
Agosto tem culpa se Setembro leva a fruta;
Em Agosto, toda a fruta tem gosto;
Seja o ano que for, Agosto quer calor;
Se querer o teu homem morto, dá-lhe couves em Agosto;
Em Agosto, ardem os montes; em Setembro, secam as fontes;
Nem em Agosto passear nem em Dezembro marcar;
Em Agosto, candeeiro posto;
Em Agosto, frio no rosto;
- Setembro
Setembro: mês dos figos e cara de poucos amigos;
Setembro molhado: figo estragado;
No pó, semearás; em Setembro colherás;
Em Setembro, ardem os montes e secam as fontes;
Setembro ou seca as fontes ou leva as pontes;
Lua nova setembrina sete luas determina;
Setembro é o Maio do Outono;
- Outubro
Outubro quente traz o diabo no ventre;
Outubro suão: negaças de Verão;
Logo que Outono venha, prepara a lenha;
Outubro meio chuvoso faz o lavrador venturoso;
Em Outubro, o sisudo colhe tudo;
Em Outubro, sê prudente: guarda pão e semente;
Em Outubro, pega tudo;
A árvore plantada no Outono tem um ano de abono;
Se Outubro for erveiro, guarda para Março o palheiro;
- Novembro
Em Novembro, prova o vinho e semeia o cebolinho;
Cava em Novembro e planta em Janeiro;
Em Novembro põe tudo a secar, pode o Sol não tornar;
Novembro é quente no começo e frio no fim;
Novembro pelos Santos, neve nos campos;
Em dia de São Martinho, lume, castanhas e vinho;
Novembro à porta, geada na horta;
No dia de São Martinho, mata o teu porco e bebe o teu
vinho;
Pelos Santos, neve nos campos;
Por São Martinho, todo o mosto é bom vinho;
- Dezembro
Em Dezembro, treme de frio cada membro;
Em Dezembro, lenha no lar e pichel a andar;
Em Dezembro, descansar, para em Janeiro trabalhar;
No Natal um salto de pardal;
"Grupo folclórico Cantas e Cramóis de Pias"
➤ Artes e ofícios da região
"Grupo folclórico Cantas e Cramóis de Pias"
➤ Artes e ofícios da região
- Chapeleira;
- Latoeiro;
- Tamanqueiro;
- Cesteiro;
- Carvoeiro;
- Barqueiro;
- Colmador;
- Pastor;
- Cozer o pão;
- Moleiro;
- Seareiro;
- Carreteiro;
- Sardinheira;
- "Pilhas".
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