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Catástrofe de 1898

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"Quando a nossa gente do campo sorria em face do corrente ano agrícola, em um abrir de mão, vê-se em luta com a fome e com a desgraça"! As colheitas foram por completo desbaratadas por um terrível temporal que se desencadeou sobre esta vila na tarde de ontem. A chuva torrencial inundou e destruiu os campos, plantas e uma demorada e forte chuva de grandes pedras de saraiva veio a completar o tristíssimo quadro de destruição. Por onde este terrível temporal passou levou tudo quanto na sua marcha destruidora encontrou. É horrivelmente triste a vista dos nossos campos!... Tudo arrasado, destruído e perdido! Os prejuízos são grandes, não só na agricultura, mas nas estradas, caminhos e habitações. Não encontrei ainda o jornal com o resto da notícia, mas sei por aquilo que ouvi contar que neste dia treze de Junho, dia de Santo António, de 1898, uma grande tromba de água levou a Casa da Cruz e o caminho que era ladeado pelo ribeiro, por onde afluiu o maior volume de água

Fisga artesanal

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"Brinquedo ou arma com um suporte em forma de forquilha, munido de um pedaço de couro e dois elásticos, destinados a atirar pedras, grãos de chumbo, etc."

Armadilha para pássaros

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A armadilha muito utilizada pelos nossos antepassados, consistia numa armadilha com formato piramidal feita de gravetos cada vez menores na parte superior, em geral amarrados tradicionalmente com lianas ou fibras vegetais e que o homem do campo em contato com a cultura indígena adaptou ao usar barbante ou arame, na amarração das camadas. A técnica consistia em colocar a armadilha num local apropriado, onde o caçador sabia que era a passagem da presa ou o seu habitat preferencial, inseria debaixo da estrutura pequenas iscas (como sementes, pedaços de pão, sobras de alimentos crus etc.) para quando o animal se encontra-se em posição de ser capturado o disparador ser acionado pelo seu peso, fazendo cair sobre ele a estrutura de gravetos, impedindo-lhe a fuga. Em geral o disparador ficava oculto por uma camada de folhas secas e terra, do próprio local onde está sendo armada, para não gerar desconfiança da presa.

As incríveis formações rochosas do Rio Bestança

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Nossa Senhora do Sagrado Coração de Jesus (Pias, Cinfães)

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Domingo de Ramos

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Artigo: Jornal A Verdade "No domingo que antecede a Páscoa, acontece o Domingo de Ramos. Este dia  não é feriado mas marca o arranque para a Semana Santa. Mas afinal porque se diz que é dia das madrinhas? O Jornal A VERDADE foi t entar perceber o que está por detrás desta tradição antiga que se mantém até  aos dias de hoje, embora com significativas mudanças.  Este ano, o Domingo de Ramos acontece no dia 14 de abril, data que evoca a  memória referente à entrada de Jesus Cristo em Jerusalém, onde foi  aclamado por multidões como Filho de Deus.  Segundo a Bíblia, nesse  momento, Jesus Cristo foi recebido enquanto as pessoas abanavam um ramo  de oliveira ou palmeiras. Desde então, a oliveira passou a ser conotada como símbolo da vitória de  Jesus, assim como de humildade e paz. É esta a razão católica pela qual,  neste domingo, se oferecem ramos de oliveira, benzidos pelo padre, aos  padrinhos. “Estes ramos eram oferecidos aos padrinhos pois, segundo a i

Concelho de Cinfães

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A aldeia...

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"A aldeia de Pias é uma povoação da freguesia e município de Cinfães, situada naquele que é considerado “o vale encantado” entre 150 e 200 metros de altitude na margem esquerda de um dos rios mais limpos da Europa, o Bestança e a sul do Rio Douro. No fundo do vale, o Sol joga com este lugar às escondidas. De manhã desce lentamente pela encosta do Poente e à tarde, sorrateiramente escapa-se pela encosta voltada para o Nascente. A proximidade do rio e o facto de ter sido edificada uma ponte na idade média, determinaram a prosperidade da aldeia, já que a agricultura foi sempre a atividade principal da localidade. Pias terá sido uma povoação importante e atrativa para todas as classes sociais, como se pode constatar pela existência de algumas importantes casas senhoriais, ao lado das quais se aninham alguns notáveis exemplares de genuína arquitetura popular. A povoação é rica em tradições, onde sobressai o folclore, mantém a prática de agricultura, as tradições religiosas, pre

Lendas e superstições

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“Eram muitas e ainda são as lendas que se contam por todo o concelho. Quanto a superstições eram também bastantes. Assim, era tradição por uma ferradura velha pregada na porta, proibindo assim a entrada do diabo ou de pessoa que possa perturbar a paz da família. Ao pescoço das crianças não se esquecem de pôr uma figa para as livrar de mau olhado ou, enquanto não são batizadas, uma tesoura de costura aberta debaixo do travesseiro ou pendurada à cabeceira da cama para as livrar das bruxas. Há quem recorra a rezas, benzeduras, talhe a «espinhela caída», a «erisipela», o «ventre caído», a dor ciática, faça defumadouros para afastar o enguiço, a coisa ruim ou evitar o arejo das plantas e dos animais, etc. Muitos destes usos e costumes desapareceram, outros ainda estão em uso pelas pessoas mais incultas.”

Usos e costumes

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“Todas as manifestações de alegria e musicais do povo cinfanense eram durante as reuniões ou ajuntamentos, como as vindimas, as desfolhadas, a arriga, no regresso dos trabalhos agrícolas e durante a faina caseira. Os Reis eram e são também quadra festiva. A quadra carnavalesca vai desde o dia de S. Sebastião, 20 de Janeiro até terça-feira de entrudo. Chegada esta quadra com ela surgem as diversões. Antes já do Carnaval, os rapazes andam por todo o concelho, durante uma semana a «assobiar às comadres», munidos de um chifre de boi, por vezes cheio de água; sucede a esta semana a dos «compadres», em que as raparigas se desforram dos rapazes, surriando-se mutuamente e exibindo bonecos, que uns e outros pretendem agarrar, alguns dos quais acabam por ser queimados. No começo de Maio, as portas e janelas embelezam-se com ramos floridos, amarelos, de giesta, as Maias. Um mês mais tarde vem o S. João e o S. Pedro com as costumadas «travessuras». Muitos e variados eram os costumes

Caça aos grilos

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Por esta altura, na aldeia de Pias os mais novos partiam à caça dos grilos. Através do som conseguiam localizar as suas tocas e a partir dai só desistiam quando apanhavam um para a sua gaiola. Enfiavam uma palhinha pelo buraco e obrigavam o grilo a sair ao mesmo tempo que diziam “Gri, gri anda aqui que eu já te vi!”. Mas quando o grilo não saia a bem, tinha de sair a mal, os mais novos viam-se forçados a dar uma “mijadela” na toca e o grilo rapidamente fugia do buraco. De seguida, apanhavam-no com as mãos em concha e metiam-no numa caixa de fósforos das grandes nas quais previamente tinham feito uns pequenos respiradouros. Já em casa o grilo era metido numa gaiola junto a uma janela. Para os alimentar colhiam pequenas folhas de serradela ou de alface que iam renovando de forma a manter a sua comida fresca.

Alecrim benzido contra a trovoada

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Na altura da Páscoa, é tradicional os habitantes de Pias guardarem os ramos benzidos na missa ou o alecrim utilizado na decoração da mesa que recebe o compasso. Durante o ano, em dias de trovoada forte, esses ramos secos, são queimados acompanhados por uma oração a Santa Bárbara pedindo que a trovoada vá para longe. “Santa Barbara se vestiu, Santa Barbara se calçou, lá no meio do caminho Jesus Cristo encontro. Para onde vais tu o Bárbara! Vou espalhar a trovoada. Para onde não haja pão nem vinho, nem raminho de oliveira nem pedrinha de sal nem nada o que faça mal.”

Capela de S. Gonçalo

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Fundada por Manuel Dias e por sua esposa Maria Francisca, conforme o seu testamento lavrado a 5 de Outubro de 1675. Com o respectivo registo na Câmara Eclesiástica, obteve autorização para abertura ao culto a 19 de Janeiro de 1678. Guido de Monterey, Freguesias do Nosso Encanto

Capela do Outeiro

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A actual Capela da invocação de Nossa Senhora foi executada no ano de 1880. Também credenciada a festa que, no terceiro Domingo de Julho, se fazia sempre na Capela do Outeiro, lugar das Pias. Guido de Monterey, Freguesias do Nosso Encanto

Lugar visto de fora

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"Citando o "Guido de Monterey": "Pias, a Pulcra. Uma residência majestática, que a Natureza modelou com carinhos de mãe, oferecendo-lhe delicadeza, entusiasmo e fascinação. Local de mil características dissociadas, que vão da postura das casas, ao jeito fantasioso da Capela ereta no cume dum monte, à corrente do Bestança ritmado e fanfarrão. Como única tendência, o misticismo de uma cantiga. Como único rumo, o belo infindo. Pias, o perspicaz atributo duma loquacidade, que vibra ao evolar da música folclórica, ou no ritmo de um bailado de magistral concordância. Pias, a lídima manifestação da arte natural que molda o coração e que desvaria o espírito. Pias, a morada da beleza! Laranjeiras que alinham e perfumam quintais, casas a latejar no meio de verde nítido... Em baixo o forçante panorama do rio Bestança, esquartejados por lutas sem tino, revolvendo-se na contemplação da berrante euforia". Atrevo-me a citar ainda Santana Dionísio em "Alto Douro

Água lustral

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"Chamo a atenção para o paralelismo da chamada "água lustral" que se benze no Sábado-Santo para ser utilizada no Sacramento do Batismo, realçando que durante a cerimónia, o círio pascal aceso é mergulhado na água em três impulsos, cada vez mais fundo. Recordo também o costume de colocar uma caldeirinha com água benta aos pés da urna, com a qual todos aspergem o corpo do morto. O que ainda hoje se faz, pelo menos em algumas terras. Que as covas das rochas, que deram origem ao nome do lugar, não tenham o destino que teve a ponte românica de que só resta o arco, muito escondido, mas aguentando bem a pesada cataplasma de cimento armado, que gente sem conhecimento ou escrúpulos, lhe colocaram às costas." Abel Gonçalves ( http://abelgoncalves.blogs.sapo.pt/lugar-das-pias-ii-1121 )

Quem se lembra do barquinho na levada?

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